sábado, 30 de outubro de 2010

OS ESTÁGIOS DA EVOLUÇÃO DA VIDA DESDE O CRIPTOZÓICO ATÉ O FANEROZÓICO

OS ESTÁGIOS DA EVOLUÇÃO DA VIDA DESDE O CRIPTOZÓICO ATÉ O FANEROZÓICO


EON CRIPTOZÓICO
        
Era Pré-cambriana: Correspondente a 80% da história geológica da Terra. Divide-se em dois períodos: o Arqueano e o Proterozóico.
 Período Arqueano: O planeta tinha uma atmosfera rica em CO2 e uma temperatura de superfície de cerca de 1.000 oC. A crosta endureceu e se formaram os oceanos. Registra uma chuva de meteoros que terminou há 4 bilhões de anos e o surgimento de vida aquática na Terra, surgiu por volta de 3,85 bilhões de anos atrás. Os organismos eram organismos unicelulares, sem membrana nuclear – procariontes –, capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar existentes na atmosfera sem oxigênio e sem camada do ozônio.
Período Proterozóico: Situado entre 2,5 bilhões e 570 milhões de anos atrás. Os organismos eram unicelulares ou não possuidores de membrana nuclear – eucariontes – que, para seu crescimento, usavam o oxigênio existente na atmosfera, cada vez em maior quantidade. Formas de vida simples e invertebradas começaram a aparecer no fim da Era Pré – Câmbrica seguindo-se de organismos pluricelulares com células diferenciadas em tecidos e órgãos – metazoários. O planeta começou a congelar, de forma que entre 730 e 630 milhões de anos atrás a Terra virou uma “bola de neve”, o fenômeno quase acabou com todos os seres pluricelulares simples, sobrevivendo apenas os que habitavam uma delgada faixa de mar na linha do Equador, que teria permanecido a 10 oC.

 EON FANEROZÓICO
Era Paleozóica: Na escala de tempo geológico, o Paleozoico está compreendido entre 540 milhões e 245 milhões de anos atrás, aproximadamente. Divide-se em seis períodos: Cambriano, Ordoviciano, Siluriano, Devoniano, Carbonífero e Permiano, do mais antigo para o mais recente.
Ø            Cambriano: Caracterizou-se por uma explosão evolutiva da vida marinha. 
Ø            Ordoviciano: Nessa época surgiram os peixes. Uma glaciação matou 55% das espécies há 450 milhões de anos.
Ø            Siluriano: Caracterizado pelo surgimento das plantas terrestres.
Ø            Devoniano: Houve a colisão dos continentes europeu e norte-americano, e muitas regiões sofreram intenso vulcanismo e movimentos sísmicos. No final do Devoniano, grande número de invertebrados marinhos desapareceu sem que se conheça o motivo. A flora do período é, no entanto, relativamente pobre em comparação com a do Carbonífero.
Ø            Carbonífero: Os primeiros répteis surgiram e se formaram grandes florestas em que predominavam as gigantescas pteridófitas dos pântanos.
Ø            Permiano: Uma extinção maciça aconteceu na Terra entre o Permiano e o Triássico, eliminando 90% das criaturas marinhas, 70% das espécies vertebradas terrestres e quase todas as formas vegetais, extinção essa causada pelo impacto de um corpo celeste.

Era Mesozóica: Na escala de tempo geológico, o Mesozóico está compreendido entre 251 milhões e 65 milhões atrás, aproximadamente. Abrangeu os períodos Triássico, Jurássico e Cretáceo.
Ø      Triássico: Surgiram os primeiros dinossauros, de início pequenos e bípedes.
Ø     Jurássico: Predominavam os répteis, entre os quais a espécie mais numerosa era a dos dinossauros.
Ø     Cretáceo: Se caracteriza pela fauna de dinossauros bizarros, tartarugas e crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas e os insetívoros, os triconodontes e os multituberculados.
Surgiram os peixes teleósteos, as primeiras aves (criaturas exóticas dotadas, no início, de dentes e de cauda), os primeiros mamíferos, as primeiras plantas do grupo dos angiosperma. A Era Mesozóica recebeu também o nome de Idade das Cicadófitas, graças à importância que tal grupo de vegetais alcançou nesta era. Divide-se em três períodos, do mais antigo para o mais moderno: Triásico, Jurássico e Cretáceo, como sitado anteriormente. Movimentos orogenéticos importantes afetaram durante a Era Mesozóica a região andina e a região das Montanhas Rochosas.
           
Era Cenozóica: Na escala de tempo geológico, o Cenozóico se inicia há cerca de 65 milhões e 500 mil anos e se estende até o presente. O princípio desta era marca a abertura do capítulo mais recente da história da Terra. O nome desta era provém de duas palavras gregas que significavam "vida recente". Durante a Era Cenozóica, a face da Terra assumiu sua forma atual. Houve muita atividade vulcânica e formaram-se os grandes maciços montanhosos do mundo, como os Andes, os Alpes e o Himalaia. A vida animal transformou-se lentamente no que hoje se conhece. Esta Era geológica compreende os períodos Terciário e Quaternário. Terciário: Foi a época em que surgiram as montanhas e durante o qual a face do planeta assumiu sua forma atual. Divide-se em:
Ø                 Paleoceno: Caracterizado pelo desenvolvimento dos mamíferos primitivos e pela queda de temperatura em escala planetária.
Ø                 Eoceno: Caracterizado pelo clima ameno.
Ø                 Oligoceno: Vulcões explodiram transformando o verde em mata seca.
Ø                 Mioceno: Época em que se completou o dobramento de cadeias montanhosas como o Himalaia e os Alpes.
Ø                 Plioceno: Caracterizado pela presença dos grandes carnívoros e pelo surgimento do Ardipithecus ramidus.
Quaternário: Marcado pelo aparecimento do homem. O Quaternário divide-se em Pleistoceno e Holoceno.
Ø                 Pleistoceno: Caracterizado pelo aparecimento do homem de Java, Heidelberg e de Pequim (conhecidos como Homo erectus Florisbad (África do Sul), da Rodésia (África) e do homem primitivo de Neanderthal (Alemanha), esses conhecidos como Homo sapiens. Outra característica dessa época é a extinção dos grandes mamíferos e as várias glaciações.
Ø                 Holoceno: época atual, abrange os últimos dez mil anos, após as glaciações.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Âmbar na Índia oferece nova versão para passado geológico do país.

Insetos fossilizados mostram que país não é tão isolado como se pensava. Espécies na resina estão bem preservadas após 50 milhões de anos.



Paleontólogos da Universidade de Bonn, na Alemanha, junto a pesquisadores norte-americanos e indianos descobriram um grande depósito de âmbar na Índia, resina que preserva insetos há 50 milhões de anos. A informação foi divulgada pelo site do Proceedings of the National Academy of Sciences (em PDF e em inglês).
O material foi encontrado na costa da província de Gujarat, no extremo noroeste do país. Presos na substância, foram catalogados 700 artrópodes, de 55 gêneros diferentes. A maioria eram insetos mas também foram registrados aranhas, ácaros e partes de plantas.

Formiga fossilizada há mais de 50 milhões de anos está bem conservada na Índia. 
Formiga fossilizada há mais de 50 milhões de
anos está bem conservada na Índia. (Foto:
Universidade de Bonn)

A origem do âmbar vem, segundo os especialistas, de uma planta da família Dipterocarpaceae, tipica de florestas tropicais, muito presente na região da península indo-malaia.
A resina petrificada também é propícia para o estudo, pois ainda é relativamente fácil de dissolver, segundo os pesquidores.
A Índia é compreendida como um subcontinente, que se despreendeu do lado leste da África há 160 milhões de anos, para flutuar a uma taxa de 20 cm por ano até o encontro com a Ásia. A colisão teria dado origem ao Himalaia.
Caso isso seja verdade, a Índia teria se isolado durante 100 milhões de anos no oceano, tempo suficiente para desenvolvimento de fauna e flora únicas. A formação do âmbar descoberto pelos pesquisadores alemães é de 53 milhões de anos atrás.
Pela data, os paleontólogos deveriam encontrar espécie raras, não disponíveis em outras áreas do globo. Mas a análise dos fósseis revelou muitos insetos similares a espécies encontradas na América Central e na Europa.
"Isso indica que houve um intercâmbio de espécies entre a Índia e os continentes antes da formação do âmbar", explica Res Just, paleontólogo da Universidade de Bonn. "Talvez houvesse grandes cadeias vulcânicas ligando o subcontinente a outras áreas, como existem hoje no Japão e na Indonésia."

Fonte: www.globo.com

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cientistas acham pegada mais antiga de animal de 4 patas

A prova mais antiga de um animal de quatro patas caminhando no solo foi descoberta na Polônia.
Rochas de uma mina desativada nas montanhas da Santa Cruz, na Polônia, trazem "pegadas" de uma criatura desconhecida que viveu há 397 milhões de anos.
O artigo com a descoberta é o destaque de capa da revista científica Nature. Segundo os cientistas, é possível inclusive perceber os "dedos" do animal.
A equipe de cientistas afirma que com a descoberta é um indício de que os primeiros vertebrados terrestres podem ter aparecido milhões de anos antes do que se acreditava.
"Este lugar revelou o que eu considero alguns dos fósseis mais incríveis que já achei na minha carreira como paleontólogo", disse Per Ahlberg, da Universidade de Uppsala, na Suécia, que trabalhou na pesquisa.
"As pegadas nos dão o registro mais antigo de como nossos ancestrais distantes saíram da água, se moveram pelo solo e deram seus primeiros passos."
Os animais eram provavelmente semelhantes a crocodilos e teriam tido um estilo de vida semelhante aos dos anfíbios (que só vieram a surgir milhões de anos depois).
O tamanho das pegadas indica que eles teriam mais de dois metros de tamanho. A equipe de cientistas da Polônia e da Suécia criou uma imagem hipotética do animal a partir da pegada.
Antes da descoberta na Polônia, o fóssil mais antigo com características semelhantes era de 375 milhões de anos atrás

Fóssil revela que velociraptor comia carniça

Paleontólogos da Academia de Ciências Chinesa em Pequim descobriram fósseis de um velociraptor que estava devorando um dinossauro herbívoro maior.
Os cientistas acreditam que o dinossauro carnívoro estava se alimentando da carniça de um protecerátopo.
Os dentes do predador se encaixam nas marcas encontradas nos ossos do herbívoro e mostra que os velociraptors não apenas se alimentavam de presas que caçavam, como também de animais encontrados mortos.
Brett Booth
Concepção artística mostra velociraptor atacando restos de grande animal herbívoro
Concepção artística mostra velociraptor atacando restos de grande animal herbívoro
A descoberta é mais uma prova desse comportamento dos dinossauros predadores, e reforçam a explicação dada para um fóssil encontrado em 1971, conhecido como "dinossauros em combate."
O famoso fóssil mostra um velociraptor e um protocerátopo aparentemente travados em combate. Acredita-se que os dois animais morreram ao mesmo tempo, e que a luta tivesse sido motivada por necessidade de alimentação por parte do predador.
O novo fóssil fornece evidências de que o velociraptor se alimentava do protocerátopo com frequência, seja comendo a carcaça de um animal já morto, ou caçando os herbívoros.
Até hoje os paleontólogos debatem o fóssil de 1971 e muitos ainda consideram possível que um dinossauro tenha matado o outro --a garra do velociraptor está preservada, enterrada na região da garganta do Protocerátopo (muito maior do que ele), que parece estar mordendo o braço direito do predador.
Dieta
O fóssil de 1971, por si só, não significaria, necessariamente, que os protocerátopos tenham integrado a dieta regular dos velociraptors. Em vez disso, ele poderia representar um encontro fortuito entre as duas espécies, que terminou em briga.
David Hone
Marcas de dentes em fóssil de mandíbula de herbívoro, onde há pouca carne, coincidem
Marcas de dentes em fóssil de mandíbula de herbívoro, onde há pouca carne, coincidem
A nova descoberta, publicada na revista especializada "Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology", sugere que essa hipótese parece ser a mais improvável.
O paleontólogo David Hone, da Academia de Ciências Chinesa em Pequim chefiou a equipe que fez a nova descoberta nos depósitos do período Cretáceo Superior em Bayan Mandahu, na região da Mongólia Interior, na China.
Eles encontraram vários ossos de protocerátopo já em avançado estado de erosão. Entre eles, estavam dois dentes de velociraptor.
Uma análise revelou que os ossos do protocerátopo apresentava marcas que combinavam com os dentes encontrados.
Os cientistas acreditam que o mais provável é que, neste caso, o velociraptor tenha se alimentado da carcaça.
"As marcas de dentes foram encontradas em partes da mandíbula", disse Hone à BBC.
Dedução
"Os Protocerátopos eram, provavelmente, muito mais pesados do que os velociraptors, com muito músculo a ser comido. Por que tentar arrancar a carne das mandíbulas, onde obviamente não há muito músculo, com tanta força que você arranha os ossos e perde dentes, a não ser que não houvesse muita opção?"
"Em resumo, ele parece ter comido os restos deixados por alguém, já que o animal se alimentaria das ancas e da barriga antes (se ele tivesse matado o protocerátopo)."
"O fóssil da luta dá a entender um comportamento predatório. Combinando os dois fósseis, temos boas provas dos dois comportamentos", afirma Hone.
"Animais como o velociraptor provavelmente se alimentavam de animais como o protocerátopo regularmente, seja pela caça, seja comendo a carniça."
Isso estaria de acordo com o comportamento de muitos predadores modernos, já que quase todos os carnívoros, como os leões e os chacais, fazem as duas coisas.
"É uma questão de grau", diz Hone. "Os leões, na maioria das vezes, caçam, os chacais, na maioria das vezes, comem restos."
"Mesmo o mais dedicado predador não desprezaria uma refeição 'grátis' se passasse por um animal morto com alguns pedaços de carne ainda disponíveis, e este parece ter sido o caso", diz Hone.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Nova espécie de dinossauro é descoberta por paleontólogos norte-americanos

 

O abidossauro era quadrúpede e gigantesco
O abidossauro era quadrúpede e
gigantesco

Uma nova espécie de dinossauro, denominada Abydosaurus mcintoshi, foi descoberta por paleontólogos norte-americanos em escavações no estado de Utah. Mas o mais notável foi a maneira como os registros do animal pré-histórico foram encontrados.
O abidossauro era um saurópode, tendo pertencido ao grupo de dinossauros quadrúpedes e gigantescos, com pescoço alongado e que se alimentava de plantas, do qual fez parte o mais conhecido braquiossauro.
Em apenas oito das mais de 120 variedades conhecidas de saurópodes foi possível recuperar crânios completos fossilizados. Agora, os cientistas encontraram quatro, dos quais dois notadamente intactos.
– Com relação ao seu corpo, as cabeças dos saurópodes eram mais leves do que as dos mamíferos, e estavam posicionadas no fim de pescoços muito longos. Em vez de ossos espessos reunidos, os crânios dos saurópodes eram feitos de ossos finos agrupados por tecido macio. O resultado é que os crânios geralmente se desmanchavam após a morte do animal, desintegrando-se em seguida –, explicou Brooks Britt, da Universidade Brigham Young, um dos autores do estudo.
A descrição da espécie a partir dos fósseis de 105 milhões de anos será publicada em breve no periódico Naturwissenshaften. Parte dos fósseis está em exibição temporária no Museu de Paleontologia da universidade, em Provo, no Utah.
A análise dos ossos indicou que o abidossauro era um parente próximo do braquiossauro, que viveu cerca de 45 milhões de anos antes. Os fósseis encontrados pertenceram a quatro espécimes jovens.
Devido à raridade dos crânios fossilizados, a maior parte do que se sabe sobre os saurópodes deriva de estudos feitos do pescoço para baixo. Os crânios encontrados agora dão pistas de como os maiores animais que já viveram sobre a terra se alimentavam.
“Eles não mastigavam os alimentos: apenas pegavam e engoliam. Os tamanhos dos crânios inteiros representam menos de um centésimo do volume corporal do animal, que não contava com um sistema de mastigação elaborado”, disse Britt.
Os saurópodes eram herbívoros e trocavam de dentes durante toda a vida. No Jurássico, exibiam muitos tipos de dentes diferentes, mas no fim da era dos dinossauros passaram a ter dentes mais finos. Os dentes do abidossauro representam bem essa transição para dentes menores e com substituição mais frequente.

Âmbar africano com 95 milhões de anos revela fauna do Cretáceo

Resultados da investigação foram publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences – PNAS»


A descoberta na Etiópia de um depósito de âmbar com 95 milhões de anos está a ajudar os cientistas a reconstruírem uma primitiva floresta tropical. As dezenas de insectos, fungos e aranhas presos no depósito dão pistas para se perceber aquele ecossistema partilhado com os dinossauros durante o período do Cretáceo.

Os resultados desta investigação, realizada por um grupo de 20 cientistas, estão agora publicados na «Proceedings of the National Academy of Sciences – PNAS».
Este é o primeiro depósito de âmbar do Cretáceo descoberto no hemisfério sul, naquele que era o super-continente Gonduana. Na investigação, revelaram-se espécies de insectos e aranhas até agora desconhecidos, bem como novos fungos e até uma bactéria.

A investigação desenvolveu-se em várias áreas. Alguns autores trabalharam no enquadramento geológico e analisaram os fósseis sepultados no âmbar. Os investigadores Paul Nascimbene, do Museu de História Natural (Nova Iorque) e Kenneth Anderson, da Southern Illinois University, estudaram o próprio âmbar.

Descobriram que a resina que escoou das árvores é quimicamente semelhante a âmbares mais recentes de depósitos do Mioceno, encontrado no México e na República Dominicana. É a única resina fóssil descoberta até à data do período Cretáceo. “A árvore que produzia a seiva ainda é desconhecida”, explicam os investigadores.

A equipa que estudou os fósseis no âmbar descobriu 30 artrópodes de treze famílias de insectos e aranhas. Estes representam alguns dos primeiros registos fósseis africanos e incluem vespas, borboletas, besouros, uma formiga primitiva, um insecto raro chamado zoraptera e até uma aranha a tecer a teia.

Foram também identificados fungos que viviam na árvore, bem como filamentos de bactérias e restos de floração de plantas e fetos.